sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pena

O que nos mostra o caminho?
o desejo
corvo negro da solitária decisão
os passos obedecem à dúvida
e a estrada se faz
infuso tema da vida
borda a espera
e o silêncio
pássaro futuro mistura a tinta
mas esboça o traço ferido
cores erradas, esquálido tecido
tentativa? sorte? destino?
história premeditada
reviravolta
vira voo
braços abertos ao encontro
apenas o grito da ave
ecoa no alvo horizonte
e o vento espalha no chão
as brancas penas do medo.

Mônica Fernandes

Um comentário:

Rubem Luun, disse...

Desejo que teu caminho se mostre sempre em poesia, Mônica.
Teus braços abertos ao encontram encontram as crônicas e respostas e mais poesias. Incessante escrita, fomentada pela amizade errante, que aprende a incerteza da vida, pelo amor que une e ata as mãos sobre a pena, sobre nós.

Espero, um dia, tê-la ainda em minha biblioteca.
Abraço cheio de carinho,
Luun