o que se perde
foge das mãos
tem-se o impossessível
ou não se tem mais
o jogo para
a vida para
e você vê a bola da vez
a água da vida levar
tenta-se ganhar no grito
arregaçar as mangas
dobrar as calças
criar onda, pedir ajuda
nada adianta...
desistência
viram-se as costas ao problema
mas sempre se olha pra trás
onde nasce a esperança?
por que só se aceitam finais felizes?
na verdade não há desistência
há sempre no coração uma semente
eu existo porque me renovo
porque me transformo
porque olho pra trás
metamorfoseio
porque sou feito de perdas
e olho o horizonte
há sempre um barco que surge
e traz à margem meu desejo...
Mônica Fernandes
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