O mar encontrou-se no céu... ondas de nuvens: o sólido tornou-se eterno. Pois que bastam segundos de um momento e tornam-se. Então, saudade... Vontade, desejo que se liquefaz.
Eis que os olhos focaram-se: Espelho de amantes, Intenção. Opção, portanto, de deixar só o que foi só para não ser mais metade. E o sentido mudou quando os olhos no firmamento viram o mesmo nos olhos de alguém. Janela (in)discreta.
O vermelho, nas flores do jardim que brincava, encontrou-se, de repente, no batom da mulher. Transformação transfigurada pela poesia do caminho: andar ladrilho por ladrilho, na rua nua.
Aí, invade a antecipação da possibilidade de morte... Pela falta. Por que dormindo, não sentia falta. Ela corroía a intensidade da vista - Opnião.
Ao sorrir, enfim, a alma, ora contava, ora desmentia... Arcada dentária apenas, mais lágrimas. Máscara eficaz aos pequenos, todavia, ninguém engana um poeta.
Silêncio. Palavras sem palavras. Crônicas crônicas sem texto. O mistério, o fim e um olhar... Júlia de Mello.
Um comentário:
" Todavia, ninguém engana um poeta"
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